ENDOMETRIOSE

Com Dr. Waldir Inácio

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Essa doença atinge 10 % das mulheres em idade reprodutiva, e é a principal causa da infertilidade, atingindo até 50% das mulheres que não conseguem engravidar.

Essa doença começa na adolescência, sendo muitas vezes diagnosticada só depois de 10 anos de evolução da doença em estágio avançado.

Hoje, a causa que talvez melhor define a endometriose seja a origem embriológica na qual a menina já nasça com os focos de endometriose que se desenvolvem durante os anos pela produção hormonal que se inicia na primeira menstruação.

 

PRINCIPAIS SINTOMAS.

  • Dor nas pernas;
  • Dor nos Ombros;
  • Dor para Urinar;
  • Dor no abdome inferior;
  • Cólica Menstrual;
  • Dor durante a relações sexuais;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Dor Lombar.
A endometriose pode ser classificada como

Superficial ou Peritoneal, Profunda ou Ovariana.

A endometriose pode ser classificada como Superficial ou Peritoneal, Profunda ou Ovariana.

Superficial.

A endometriose atinge somente a camada de revestimento interno do abdome denominada peritônio, com profundidade menor a 5 mm, pode não ser visualizada pela ressonância e ultrassonografia. Porém, apesar de acometer superficialmente as regiões onde se instalou, ela pode causar muitos sintomas, como cólicas intensas, dor na relação sexual de forte intensidade. 

 

Profunda.

A endometriose atinge mais profundamente a camada de revestimento interno do abdome denominada peritônio, maior de 5 mm.  Está associada ao acometimento da bexiga, intestino e outros órgãos.

Ovariana.

É a forma da endometriose que atinge um ou ambos os ovários. 

Considerando-se que esses são os órgãos produtores de óvulos, a grande preocupação aqui, é com a reserva ovariana que diminui conforme a doença avança produzindo retrações e acúmulo de líquido sanguinolento envelhecido, os chamados endometriomas, famosos “cistos de chocolate”.

DIAGNÓSTICO

Os exames de imagem possuem aqui um papel fundamental na identificação da extensão e da localização dos focos da doença que muitas vezes encontram-se agrupados formando os conhecidos “nódulos de endometriose”.

Os melhores métodos radiológicos utilizados são a Ultrassonografia pélvica transvaginal e a Ressonância Nuclear Magnética, ambos realizados após preparo intestinal prévio e por especialistas. Vale ressaltar que a qualidade técnica de quem executa ou lauda o exame é essencial para a adequada identificação da doença.   

O exame de sangue CA-125 é comumente utilizado como um marcador sanguíneo para acompanhamento no pós-operatório da doença, mas por ser muito inespecífico não serve para a realização do seu diagnóstico.

 

TRATAMENTO

O tratamento da endometriose é essencialmente cirúrgico.

Somente com a cirurgia é possível realizar a retirada das lesões endometrióticas.

O mais importante a se falar aqui, é que o tratamento definitivo visa a retirada completa de todos os focos de endometriose, o que exige técnica cirúrgica avançada e equipe altamente capacitada para a abordagem completa da doença.

Tem como objetivo restituir a anatomia original e da funcionalidade dos órgãos com preservação máxima de suas funções.

A restauração da fertilidade após o tratamento cirúrgico é por vezes possível, permitindo à mulher a concepção espontânea que quando, no entanto, não é atingida, pode ainda ser submetida à realização de técnicas de Reprodução Humana Assistida, muitas vezes com melhora de seus resultados. 

O tratamento clínico com medicações analgésicas e hormonais  tem como objetivo minimizar a dor durante o período menstrual utilizando analgésicos e anti-inflamatórios ou com métodos hormonais interrompendo a menstruação e os sintomas durante este período, porém não garante que as lesões regrediram tampouco não irão progredir. 

As outras abordagens de tratamento como orientações nutricionais, acupuntura, fisioterapia e atividades físicas visam a diminuição dos efeitos inflamatórios da doença e o estímulo dos fatores anti-inflamatórios e são incentivados como colaboradores no combate aos efeitos da doença.

 

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